J.B.ROMANI

Eu colho as pedras do caminho como se fossem uvas e bebo a poeira como se fosse vinho.

Textos

SOLIDÃO



Faminta rói a minha alma
como se fosse um queijo,
despedaçando, zombando,
rindo do meu desejo.

E ainda alia-se ao desespero,
a angústia e a depressão,
como se eu indefeso,
esboçasse alguma reação.

Aprecia a minha derrota,
e do alto do pedestal
desvendou o meu segredo.

Matou todos os meus sonhos,
revelou o meu fracasso
e me venceu pelo medo.


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Escrevi esse texto no estilo LIGIA LAGINHA...
Qualquer semelhança não é mera coincidência.
ELA É GENIAL.


J B ROMANI
Enviado por J B ROMANI em 04/04/2009
Alterado em 04/04/2009


Comentários
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INALDO TENÓRIO DE MOURA CAVALCANTI
Que soneto bonito. Fiquei a imaginar a solidão por esse ângulo, pela beleza da linguagem usado por você... simplesmente belo. Parabéns, rapaz. Abraços.
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Lígia Laginha
Só posso agradecer pela homenagem e elogiar tão belo soneto. Você é que é genial. Parabéns. Um abração
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Sharik Letak
Volto aqui para te dizer que o verso "Faminta rói a minha alma" me inspirou o poema "Solidão Canibal" que dediquei a você e todos os que sofreram ou sofrem deste mal.

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