J.B.ROMANI

Eu colho as pedras do caminho como se fossem uvas e bebo a poeira como se fosse vinho.

Textos





             
A  CANETA


Estão indo embora.
Ainda bem,
chega de lágrimas fingidas,
de palavras falsas,
... Agora estou livre deles.


Agora tenho tempo de sobra,
aqui, na calma do cemitério,
estou livre do jornal, da TV,
agora tudo que vou fazer,
será escrever, escrever, escrever.


Que importa o que vão dizer,
se alguém irá ou não ler,
o que importa é que vou escrever.


Caramba!
Nenhum pedaço de papel.

Tudo bem,
escreverei nas tábuas do caixão.

Droga!


Onde está a caneta?



J B ROMANI
Enviado por J B ROMANI em 11/10/2009
Alterado em 11/10/2009


Comentários
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Maria Helena Mendonça Quinhones
Muito bom, gostei e muito.Criativo, sensível, poético,tão expressivo.Um toque de encanto e magia.Abraços poéticos:Maria Helena
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Juli Lima
Bom dia! Reflexivo. Penso q para "escrever" vc não precisa da caneta... mas dos sentimentos. Bj poesia
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Isabel Ramos
Foi um esquecimento indesculpável... Agora não saberemos o que seria escrito.Vai se misturar ao mintério pós morte! Muito sensível,criativo e expressivo o teu poetar.Amei te ler.Bjsss poéticos,
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Ivan Cezar
Ainda bem que voce JÁ escreveu , porque depois a caneta pode mesmo sumir ...

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